

Em 2025, o Bitcoin apresentou forte volatilidade, com oscilações expressivas entre máximas e suportes. O ativo atingiu seu recorde histórico de US$126.080 em 07 de outubro de 2025, impulsionado pela crescente adoção institucional e avanços regulatórios. Esse marco representou uma valorização relevante frente aos níveis registrados no início do ano.
A partir de novembro, o mercado sofreu uma reversão acentuada. O Bitcoin caiu rapidamente, encontrando suporte próximo de US$80.000 no final de novembro — uma correção de cerca de 37% em relação ao topo. Dados on-chain mostram que esse suporte é estruturalmente relevante, com três métricas de custo base convergindo em US$80.000: o preço médio anual ponderado por volume de 2024, o custo médio das ETFs spot dos EUA e o True Market Mean.
| Níveis-Chave de Preço | Preço | Data |
|---|---|---|
| Recorde Histórico em 2025 | US$126.080 | 07 de outubro de 2025 |
| Suporte em Novembro | US$80.000-US$82.000 | Final de novembro de 2025 |
| Faixa de Preço Atual | US$85.000-US$90.000 | Dezembro de 2025 |
Esse movimento refletiu tendências amplas do mercado, com a capitalização de investidores de varejo coincidindo com a acumulação institucional de cerca de 345.000 BTC. Apesar do forte recuo, os fundamentos do mercado apontam potencial de recuperação, reforçado pela movimentação de grandes investidores (“whales”) e por indicadores técnicos de sobrevenda, que historicamente antecederam fundos importantes em ciclos passados do Bitcoin.
A volatilidade implícita do Bitcoin caiu drasticamente para 2,5% no período de 30 dias, uma redução expressiva frente ao pico de 65% registrado em novembro. Esse movimento sinaliza a transição para uma fase mais madura do mercado, marcada pela entrada institucional e menor predominância de negociações especulativas.
| Métrica de Volatilidade | Nível Atual | Pico Anterior | Variação |
|---|---|---|---|
| Volatilidade Implícita de 30 Dias (BVIV) | 2,5% | 65% | -96,2% |
| Índice VIX S&P 500 | 17% | 28% | -39,3% |
A queda na volatilidade acompanha a intensificação da correlação do Bitcoin com ativos tradicionais, como o S&P 500. Esse alinhamento sinaliza a integração dos mercados de cripto aos sistemas financeiros globais. Com a capitalização de mercado do Bitcoin se aproximando de trilhões de dólares, a liquidez aprimorada e a diminuição da especulação de varejo favorecem a estabilização dos preços.
Apesar disso, a compressão da volatilidade traz uma dupla perspectiva. Enquanto baixos níveis apontam confiança e estabilidade, análises institucionais indicam menor probabilidade de movimentos expressivos nos preços até o fim do ano. O amortecimento estrutural por parte de vendedores recorrentes de volatilidade — como holders antigos e mineradores que utilizam estratégias de venda de calls — reduz ainda mais oscilação. Fatores macroeconômicos, como anúncios regulatórios, mudanças de política monetária e tensões geopolíticas, permanecem como possíveis gatilhos para novas expansões de volatilidade.
A correlação entre Bitcoin e Ethereum passou por uma transformação estrutural em 2025, caindo para 0,6 ante os patamares históricos de 0,85-0,89. Esse enfraquecimento decorre de mudanças profundas na dinâmica dos fluxos institucionais nos mercados de criptomoedas. O principal catalisador foi o fluxo de investimentos em ETFs spot institucionais, com cerca de US$9,4 bilhões direcionados a ETFs de Ethereum desde junho de 2025, enquanto o Bitcoin apresentou saídas simultâneas.
A segmentação do mercado resulta de diversos mecanismos. Padrões de rotação setorial redirecionaram recursos para a infraestrutura de finanças descentralizadas do Ethereum e para soluções Layer 2, independentes das dinâmicas das ETFs de Bitcoin. Atividades em DEX impulsionaram a demanda por ETH, fora dos canais tradicionais de correlação com Bitcoin. O coeficiente de correlação variou fortemente em agosto de 2025, quando US$4 bilhões em influxo de Ethereum coincidiram com saídas de Bitcoin, evidenciando como o amadurecimento da infraestrutura gera impulsos exclusivos para cada ativo.
| Fator | Impacto na Correlação |
|---|---|
| Fluxos institucionais em ETF | Principal fator de descorrelação |
| Rotação setorial | Alocação de capital direcionada para Ethereum |
| Atividade de DEX | Padrões autônomos de demanda por ETH |
| Incerteza macroeconômica | Enfraquecimento da correlação convencional |
Essa fragmentação revela que o mercado de criptoativos evolui além do protagonismo exclusivo do Bitcoin. Investidores institucionais passam a considerar Ethereum como classe de ativo independente, com fundamentos próprios de valorização, remodelando de forma decisiva as dinâmicas do setor.











