Desde o início de novembro, os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA enfrentam o maior volume de resgates desde sua estreia. Até 17 de novembro, as retiradas totalizaram US$2,57 bilhões, configurando o pior mês desde o lançamento desses produtos em janeiro de 2024.
As saídas expressivas pressionaram fortemente o preço do Bitcoin, que acumula queda próxima de 14,7% no mês. Em 17 de novembro, a cotação do Bitcoin chegou ao menor patamar em sete meses, de US$91.220. Depois, recuperou para US$93.836.
Os fluxos de capital dos ETFs não apenas indicam tendências de preço. Eles influenciam diretamente as operações de compra e venda no mercado à vista.
Entenda o funcionamento:
Após o halving, a emissão diária de Bitcoin gira em torno de 450 BTC. Enquanto o saldo líquido de compras realizadas pelos ETFs superar esse volume, há déficit de oferta e preços em alta. Os resgates de novembro, entretanto, evidenciam que esse efeito — que antes absorvia a pressão vendedora dos mineradores — está se dissipando. Isso enfraquece o suporte do mercado.
As negociações dos ETFs ocorrem durante o horário de negociação da bolsa dos EUA, mas os dados dos fluxos de capital só são divulgados após o fechamento. Investidores institucionais utilizam futuros da CME para hedge antes de operar no mercado à vista, o que faz com que os preços reajam antes da publicação oficial. Essas saídas já se refletem na volatilidade do mercado. O público só tem acesso aos dados algumas horas depois.
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Na volatilidade de novembro, as saídas acentuadas dos ETFs de Bitcoin à vista dos EUA se consolidaram como fator central para a fraqueza do mercado. Os resgates persistentes reduziram o suporte estrutural de demanda que sustentava os preços. O Bitcoin ficou mais sujeito a novas quedas conforme aumenta a oferta dos mineradores. Mesmo após uma recuperação pontual, a demanda enfraquecida ainda é perceptível. A retomada do movimento de alta dependerá da capacidade dos ETFs de atrair novos aportes.





