Acabou de acontecer algo importante — o presidente da Reserva Federal de Nova Iorque, Williams (no meio chamam-no de “terceiro homem mais poderoso”), declarou de repente que a política monetária ainda está demasiado restritiva, sugerindo que poderá haver um novo corte nas taxas de juro em breve. Assim que estas palavras saíram, o mercado entrou imediatamente em ebulição.

Vê só o efeito dominó: as ações americanas, com a Nvidia à cabeça, recuperaram em V num instante, e o mercado cripto foi ainda mais impressionante — o Bitcoin disparou dos 80.600 dólares esta manhã até aos 85.000, uma subida de quase 5%. O Ethereum também arrancou em força. Agora, os traders estão a apostar freneticamente num corte das taxas em dezembro, com a probabilidade a saltar diretamente para 71%.

Para ser sincero, esta mudança já dava sinais. Os dados do emprego não agrícola de setembro foram bastante fracos — só foram criados 119.000 novos postos de trabalho e a taxa de desemprego subiu para 4,4%. Dentro da Fed ainda se discutia se deviam manter uma política agressiva, mas esta declaração de Williams deu confiança ao mercado. Com as expectativas atuais, a taxa dos fundos federais pode cair para o intervalo de 3,5%-3,75% até ao final do ano, o que significa que a liquidez vai continuar a aumentar.

A questão é: o que significa este ciclo de flexibilização para o Bitcoin e o Ethereum? Historicamente, cada vez que a Fed injeta liquidez, os ativos de risco disparam primeiro. Mas o ambiente macro agora é mais complexo do que antes. Acham que desta vez é possível repetir a loucura de 2020? Ou será melhor garantir já os lucros antes que a maré mude?