Musk lançou recentemente mais uma observação que dá que pensar profundamente.
Desta vez, não fala sobre a taxa de sucesso dos lançamentos de foguetes, nem sobre o progresso das interfaces cérebro-máquina, mas aponta diretamente ao núcleo da estrutura da economia global—
Ele afirma que, nos próximos dez anos, a trajetória da economia será essencialmente determinada pela interação de três variáveis: explosão da produtividade da IA, colapso da estrutura demográfica e descontrolo da espiral da dívida.
Parece grandioso? Mas, se pensarmos bem, cada variável esconde contradições fatais.
**Comecemos pela IA.**
Passar do GPT-3 para o GPT-5 não é uma simples iteração de modelos, mas sim uma reescrita da própria função de produção. Antes, de que dependia o crescimento económico? População multiplicada pelas horas de trabalho. E agora? A IA começa a assumir grande parte do trabalho intelectual, o que significa que a lógica de crescimento pode desligar-se por completo do velho paradigma “número de pessoas × horas trabalhadas”.
O lado da oferta está a avançar a todo o gás.
**Mas e o lado da procura? Está a definhar silenciosamente.**
A baixa taxa de natalidade não é um problema de um país, mas um risco global. Há cada vez menos jovens, a vontade de consumir está a cair, e o ímpeto para inovar também enfraquece. De um lado, a IA eleva a eficiência produtiva de forma louca; do outro, não há quem compre—esta é a verdadeira fratura estrutural.
**Mais grave ainda é a dívida, essa bomba-relógio.**
Com a procura em baixa e as ferramentas de política esgotadas, a dívida dos EUA continua a crescer. Os juros sobem sem parar, e no fim, o que fazer? Uma inflação moderada torna-se a única “forma digna de saída”—desvalorizar subtilmente a moeda para diluir a dívida, parece suave, mas na essência é uma hemorragia lenta.
**Então, como sair deste impasse?**
Musk apresenta duas direções, uma na Terra, outra no espaço:
Campo de batalha terrestre: usar IA e robôs para preencher a falta de mão de obra, reduzindo o custo marginal ao máximo;
Campo de batalha espacial: expandir o espaço de crescimento da Terra para Marte, compensando a contração económica com avanços físicos.
Isto soa a ficção científica? Mas não esqueçamos: há dez anos, quem imaginaria que empresas privadas conseguiriam recuperar foguetes, ou que interfaces cérebro-máquina permitiriam a um paciente paralisado escrever?
A economia global pode estar à porta de um novo ciclo. Desta vez, a tecnologia não é mais um mero adorno, mas a força dominante que reescreve as regras do jogo.
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SorryRugPulled
· 12-03 04:51
O Musk está a enganar as pessoas outra vez, esse discurso de explosão da oferta e exaustão da procura soa exatamente como as falas antes de 2008.
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NervousFingers
· 12-03 04:46
O plano de migração para Marte pode realmente resolver a crise económica na Terra? Eu acho isso um pouco absurdo.
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GateUser-0717ab66
· 12-03 04:46
Já começou outra vez a falar sobre a teoria de salvar Marte. Este tipo é mesmo sério ou está só a tentar vender produtos?
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Degentleman
· 12-03 04:43
A oferta explode e a procura morre, este combo é realmente incrível. Sinto que estamos todos a usar mapas antigos para navegar num mundo novo.
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ApeShotFirst
· 12-03 04:41
A lógica do Musk é sempre muito bem elaborada, mas no fundo ele está é a procurar apoio para o seu sonho de Marte, haha.
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InfraVibes
· 12-03 04:38
A cena da colonização de Marte soa fixe, mas a realidade é que ainda nem resolvemos a espiral de dívida da Terra.
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faded_wojak.eth
· 12-03 04:31
É mais uma daquelas do Musk: a oferta a explodir enquanto a procura está a morrer, este paradoxo já não se aguenta.
Musk lançou recentemente mais uma observação que dá que pensar profundamente.
Desta vez, não fala sobre a taxa de sucesso dos lançamentos de foguetes, nem sobre o progresso das interfaces cérebro-máquina, mas aponta diretamente ao núcleo da estrutura da economia global—
Ele afirma que, nos próximos dez anos, a trajetória da economia será essencialmente determinada pela interação de três variáveis: explosão da produtividade da IA, colapso da estrutura demográfica e descontrolo da espiral da dívida.
Parece grandioso? Mas, se pensarmos bem, cada variável esconde contradições fatais.
**Comecemos pela IA.**
Passar do GPT-3 para o GPT-5 não é uma simples iteração de modelos, mas sim uma reescrita da própria função de produção. Antes, de que dependia o crescimento económico? População multiplicada pelas horas de trabalho. E agora? A IA começa a assumir grande parte do trabalho intelectual, o que significa que a lógica de crescimento pode desligar-se por completo do velho paradigma “número de pessoas × horas trabalhadas”.
O lado da oferta está a avançar a todo o gás.
**Mas e o lado da procura? Está a definhar silenciosamente.**
A baixa taxa de natalidade não é um problema de um país, mas um risco global. Há cada vez menos jovens, a vontade de consumir está a cair, e o ímpeto para inovar também enfraquece. De um lado, a IA eleva a eficiência produtiva de forma louca; do outro, não há quem compre—esta é a verdadeira fratura estrutural.
**Mais grave ainda é a dívida, essa bomba-relógio.**
Com a procura em baixa e as ferramentas de política esgotadas, a dívida dos EUA continua a crescer. Os juros sobem sem parar, e no fim, o que fazer? Uma inflação moderada torna-se a única “forma digna de saída”—desvalorizar subtilmente a moeda para diluir a dívida, parece suave, mas na essência é uma hemorragia lenta.
**Então, como sair deste impasse?**
Musk apresenta duas direções, uma na Terra, outra no espaço:
Campo de batalha terrestre: usar IA e robôs para preencher a falta de mão de obra, reduzindo o custo marginal ao máximo;
Campo de batalha espacial: expandir o espaço de crescimento da Terra para Marte, compensando a contração económica com avanços físicos.
Isto soa a ficção científica? Mas não esqueçamos: há dez anos, quem imaginaria que empresas privadas conseguiriam recuperar foguetes, ou que interfaces cérebro-máquina permitiriam a um paciente paralisado escrever?
A economia global pode estar à porta de um novo ciclo. Desta vez, a tecnologia não é mais um mero adorno, mas a força dominante que reescreve as regras do jogo.