Algo bastante interessante surgiu recentemente no ecossistema do Telegram — a rede de computação Cocoon acabou de ser lançada.

Para que serve isto? Em termos simples, permite que ligues a tua GPU ociosa para fornecer poder de computação às funcionalidades de IA do Telegram, recebendo pagamentos diretos em TON. Não é mais uma moeda nova para enganar investidores, pagam-te mesmo em TON por aquilo que forneces.

Em termos técnicos, toda a rede está dividida em três camadas: cliente, proxy e nó de trabalho, e suporta placas gráficas com TEE. Atualmente, o Telegram já migrou funcionalidades como tradução, transcrição de voz para texto e resumos de conteúdos para esta infraestrutura, portanto não é só teoria — já está em produção.

Claro que ainda está numa fase inicial, com um TVL de cerca de 4487 TON e poucos nós e proxies, mas pelo menos já se provou que o modelo funciona. O design de pagamentos diretos em TON é bastante inteligente, reduz o espaço para especulação e permite consolidar uma procura real.

O segmento das redes de computação descentralizada tem estado em alta, mas poucas conseguem uma ligação profunda a uma plataforma com mil milhões de utilizadores. Se o Telegram expandir isto, o impacto no ecossistema TON poderá ser muito maior do que lançar cem moedas Meme.