Em março do ano passado, quando o Bitcoin acabou de tocar aquele teto dos 73.000 dólares, um influencer nascido depois de 1995 largou uma frase forte em direto: "Quando até a minha mãe vier perguntar como comprar cripto, é sinal que este bull market está no fim."
Na altura, o rapaz tinha trezentos mil seguidores a apostar tudo em várias shitcoins, e o saldo chegou a atingir vinte e cinco milhões. A secção de comentários era só efeitos de foguetes, ele ficou inchado de confiança e lançou logo um desafio: "Se chegar a cem milhões, faço uma live a correr nu!"
Em abril, assim que começaram a voar mísseis no Médio Oriente, o Bitcoin caiu logo 20% pela metade, e aquelas meme coins? Evaporaram-se por completo. Os vinte e cinco milhões reduziram-se para noventa mil em três minutos. Foi mesmo um piscar de olhos.
Nessa noite, ele desligou o live, publicou um texto de despedida numa conta secundária, e foi salvo por amigos quando estava prestes a subir ao telhado. Quando acordou, percebeu que devia quatro milhões à plataforma, e agora está de volta à terra natal a entregar comida, a correr três centenas de entregas por dia até cair de cansaço. E irónico é que ainda tem aquele autocolante "to the moon" colado no capacete.
Mais tarde alguém lhe perguntou o que achava de tudo, e ele respondeu: "O mais engraçado é que tu gritas que vais levar toda a gente à lua, mas acabas por ser o primeiro a ficar seco no vácuo."
Este ano o mercado voltou a aquecer, e continuam a ouvir-se vozes a gritar all in nas lives. O rapaz tira o capacete, limpa o suor e manda um palavrão.
Quem já andou a rebolar neste meio nunca te vai incentivar a entrar, só te lembra que deves preparar a saída primeiro. A alavancagem, quando corre bem, é como um foguete, mas quando rebenta não sobra nem pó.
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NFTHoarder
· 9h atrás
A secar a vácuo, que piada, este gajo agora deve tremer só de ver as palavras "moon".
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DiamondHands
· 9h atrás
Meu Deus, em três minutos passou de dois mil e quinhentos para noventa mil, quão desesperador isso deve ser.
Agora há pessoas a fazer all in de novo? É mesmo caso de amnésia.
Ainda tem um autocolante "to the moon" no capacete, tão irónico que nem consigo rir.
A alavancagem é mesmo um veneno, um segundo de prazer, falência no instante seguinte.
Já consigo imaginar este tipo agora a fazer entregas de comida.
Ao ver esta história, fico feliz por não ter apostado tudo na altura, sobreviver já é ganhar.
Assistir à liquidação dos outros é mesmo mais satisfatório do que ganhar dinheiro por conta própria.
Só gostava de saber o que ele sente agora ao ver o preço das moedas a subir, será que fica em choque?
Aqueles que venderam com prejuízo mas não perderam o amor por isto, são os que acabaram por sobreviver, porque sempre deixaram uma rota de fuga.
Os streamers que estão sempre a gritar "moon", mas acabaram eles próprios sugados pelo vácuo primeiro, haha.
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unrekt.eth
· 9h atrás
Depois de ver isto... É mesmo demasiado real, é um verdadeiro espelho do mundo cripto.
Aquele tipo agora faz entregas e ainda cola autocolantes "to the moon", esse detalhe está brutal, mesmo de partir o coração.
A alavancagem é mesmo um veneno, depois de provar o doce já não se consegue parar, e no fim todos acabam assim.
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NotFinancialAdvice
· 9h atrás
A metáfora de aspirar a vácuo é simplesmente genial, fiquei completamente chocado... É por isso que nunca assisto a essas transmissões ao vivo com traders a dar sinais, até apostar tudo sozinho vai dar mau resultado, como é que ainda têm coragem de enganar os seguidores?
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ProveMyZK
· 9h atrás
Desde ser puxado do telhado até entregar comida, este é o resultado de fazer all in. Até os autocolantes no capacete são incrivelmente sarcásticos.
Em março do ano passado, quando o Bitcoin acabou de tocar aquele teto dos 73.000 dólares, um influencer nascido depois de 1995 largou uma frase forte em direto: "Quando até a minha mãe vier perguntar como comprar cripto, é sinal que este bull market está no fim."
Na altura, o rapaz tinha trezentos mil seguidores a apostar tudo em várias shitcoins, e o saldo chegou a atingir vinte e cinco milhões. A secção de comentários era só efeitos de foguetes, ele ficou inchado de confiança e lançou logo um desafio: "Se chegar a cem milhões, faço uma live a correr nu!"
Em abril, assim que começaram a voar mísseis no Médio Oriente, o Bitcoin caiu logo 20% pela metade, e aquelas meme coins? Evaporaram-se por completo. Os vinte e cinco milhões reduziram-se para noventa mil em três minutos. Foi mesmo um piscar de olhos.
Nessa noite, ele desligou o live, publicou um texto de despedida numa conta secundária, e foi salvo por amigos quando estava prestes a subir ao telhado. Quando acordou, percebeu que devia quatro milhões à plataforma, e agora está de volta à terra natal a entregar comida, a correr três centenas de entregas por dia até cair de cansaço. E irónico é que ainda tem aquele autocolante "to the moon" colado no capacete.
Mais tarde alguém lhe perguntou o que achava de tudo, e ele respondeu: "O mais engraçado é que tu gritas que vais levar toda a gente à lua, mas acabas por ser o primeiro a ficar seco no vácuo."
Este ano o mercado voltou a aquecer, e continuam a ouvir-se vozes a gritar all in nas lives. O rapaz tira o capacete, limpa o suor e manda um palavrão.
Quem já andou a rebolar neste meio nunca te vai incentivar a entrar, só te lembra que deves preparar a saída primeiro. A alavancagem, quando corre bem, é como um foguete, mas quando rebenta não sobra nem pó.