Para dizer a verdade — a maioria da governação das DAOs é uma confusão total. Votas, o fórum entra em alvoroço, no fim o “Aprovo” vence... e depois? Silêncio absoluto. As decisões desaparecem como o vento, a execução é sempre vaga e as tarefas realmente difíceis e importantes acabam esquecidas perante as novas tendências. Lorenzo também era assim antes. Mas recentemente, tudo mudou. Deixaram de fazer aquelas votações com narrativas grandiosas, e passaram a dividir a DAO em pequenos “grupos de trabalho” especializados para tratar de assuntos concretos: a equipa de portefólio segue o fluxo de fundos, o grupo de gestão do tesouro trata de... etc. O nível de detalhe é surpreendente. Não é só fazer uma reunião e dispersar, há mesmo pessoas a trabalhar todos os dias e a apresentar relatórios semanais. Consegues ver como o dinheiro é gasto, como as propostas são transformadas em código, e até perceber exatamente onde é que o processo está emperrado. A governação deixa de ser um castelo no ar e passa a ser algo prático, onde se pode apertar os parafusos numa linha de montagem.