O resultado da reunião da Fed vai sair na madrugada de quinta-feira, por isso deixo aqui alguns pontos que acho que vale a pena acompanhar:
**Corte de juros? Praticamente garantido.** Na noite de 21 de novembro, os dois e três principais responsáveis da Fed vieram juntos dar declarações, com uma postura bastante clara, e o sentimento do mercado recuperou-se imediatamente do pessimismo. Esta operação mostra que já há consenso interno ao mais alto nível e que a concretização do corte de juros não deve ser problemática.
**O gráfico de pontos pode trazer surpresas.** A versão de setembro do gráfico de pontos mostrava que, em 2026, é provável que haja apenas um corte, mas nas últimas semanas várias instituições começaram a ajustar as expectativas e consideram que pode haver 2 a 3 cortes. A Goldman Sachs é ainda mais agressiva, dizendo que além deste em dezembro, pelo menos mais dois cortes serão necessários para baixar as taxas para 3%.
**O ritmo das compras de dívida é o verdadeiro destaque.** Este ponto tem sido pouco discutido, mas, na minha opinião, é o mais crucial — será que a Fed vai anunciar diretamente a compra de dívida de curto prazo?
Só com a injeção do Tesouro (TGA) e a paragem do "tapering", as reservas não conseguem voltar ao nível "abundante" dos últimos três anos. No máximo podem ser consideradas "suficientes/limite", mas a liquidez continua apertada. Para as reservas voltarem de facto acima dos 3 biliões de dólares, ou mesmo chegar aos 3,2 biliões, a Fed terá mesmo de voltar a comprar dívida de curto prazo.
Williams sugeriu várias vezes em novembro que o reforço da liquidez pode ser ativado em breve, e o Fed de Nova Iorque chegou a convocar uma reunião de emergência. Recentemente, o SOFR e o TGCR ultrapassaram repetidamente o teto do corredor das taxas de juro, o que indica que as reservas estão a passar de "folgadas" para "apertadas", e a continuar assim pode haver mesmo escassez.
**O que irá Powell dizer?** Acredito que irá focar-se em três pontos principais:
Primeiro, vai continuar a cortar após este corte? Muito provavelmente vai adotar uma postura de "cautela", sem se comprometer.
Segundo, a inflação continua a subir. A inflação dos bens causada pelas tarifas pode continuar a pressionar o CPI no curto prazo, pelo que o tom será certamente hawkish.
Terceiro, e mais importante — a questão das compras de dívida. Seja chamado de "RMP" (Reserva de Gestão de Compras) ou "repo programado", na conferência de imprensa será certamente questionado sobre a tensão nas reservas e a escalada das taxas de recompra.
Na minha opinião, a importância desta reunião é ainda maior do que o corte em si e o gráfico de pontos. Porque só as compras de dívida podem realmente aliviar a tensão de liquidez do mercado. Se será anunciado ou não, depende de Williams conseguir convencer Powell e os restantes membros com direito a voto.
**O mercado pode seguir dois caminhos:**
① **Não anunciar compras de dívida**: as reservas continuam apertadas, as taxas de recompra podem disparar a qualquer momento e, juntamente com uma ligeira postura hawkish, o mercado pode mostrar alguma cautela no curto prazo.
② **Anunciar compras de dívida**: as expectativas de liquidez melhoram, a confiança no mercado é reforçada e o impacto nos ativos de risco é positivo. No entanto, a intensidade será certamente muito inferior a um verdadeiro QE, por isso não criem expectativas demasiado elevadas.
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WhaleMistaker
· 19h atrás
Veja a tendência e negocie de acordo
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FallingLeaf
· 12-09 12:56
Aguardando a reação de Powell em tempo real
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0xInsomnia
· 12-09 02:04
Já não consigo esperar mais.
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VibesOverCharts
· 12-08 15:50
Fica atento ao mercado e aguarda o sinal para avançar.
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GasGasGasBro
· 12-08 15:46
Conteúdo valioso, irmão, analisaste a fundo.
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SigmaValidator
· 12-08 15:42
O mercado segue demasiado as tendências.
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TestnetNomad
· 12-08 15:32
Agora é só esperar até quinta-feira para ver o desfecho.
O resultado da reunião da Fed vai sair na madrugada de quinta-feira, por isso deixo aqui alguns pontos que acho que vale a pena acompanhar:
**Corte de juros? Praticamente garantido.**
Na noite de 21 de novembro, os dois e três principais responsáveis da Fed vieram juntos dar declarações, com uma postura bastante clara, e o sentimento do mercado recuperou-se imediatamente do pessimismo. Esta operação mostra que já há consenso interno ao mais alto nível e que a concretização do corte de juros não deve ser problemática.
**O gráfico de pontos pode trazer surpresas.**
A versão de setembro do gráfico de pontos mostrava que, em 2026, é provável que haja apenas um corte, mas nas últimas semanas várias instituições começaram a ajustar as expectativas e consideram que pode haver 2 a 3 cortes. A Goldman Sachs é ainda mais agressiva, dizendo que além deste em dezembro, pelo menos mais dois cortes serão necessários para baixar as taxas para 3%.
**O ritmo das compras de dívida é o verdadeiro destaque.**
Este ponto tem sido pouco discutido, mas, na minha opinião, é o mais crucial — será que a Fed vai anunciar diretamente a compra de dívida de curto prazo?
Só com a injeção do Tesouro (TGA) e a paragem do "tapering", as reservas não conseguem voltar ao nível "abundante" dos últimos três anos. No máximo podem ser consideradas "suficientes/limite", mas a liquidez continua apertada. Para as reservas voltarem de facto acima dos 3 biliões de dólares, ou mesmo chegar aos 3,2 biliões, a Fed terá mesmo de voltar a comprar dívida de curto prazo.
Williams sugeriu várias vezes em novembro que o reforço da liquidez pode ser ativado em breve, e o Fed de Nova Iorque chegou a convocar uma reunião de emergência. Recentemente, o SOFR e o TGCR ultrapassaram repetidamente o teto do corredor das taxas de juro, o que indica que as reservas estão a passar de "folgadas" para "apertadas", e a continuar assim pode haver mesmo escassez.
**O que irá Powell dizer?**
Acredito que irá focar-se em três pontos principais:
Primeiro, vai continuar a cortar após este corte? Muito provavelmente vai adotar uma postura de "cautela", sem se comprometer.
Segundo, a inflação continua a subir. A inflação dos bens causada pelas tarifas pode continuar a pressionar o CPI no curto prazo, pelo que o tom será certamente hawkish.
Terceiro, e mais importante — a questão das compras de dívida. Seja chamado de "RMP" (Reserva de Gestão de Compras) ou "repo programado", na conferência de imprensa será certamente questionado sobre a tensão nas reservas e a escalada das taxas de recompra.
Na minha opinião, a importância desta reunião é ainda maior do que o corte em si e o gráfico de pontos. Porque só as compras de dívida podem realmente aliviar a tensão de liquidez do mercado. Se será anunciado ou não, depende de Williams conseguir convencer Powell e os restantes membros com direito a voto.
**O mercado pode seguir dois caminhos:**
① **Não anunciar compras de dívida**: as reservas continuam apertadas, as taxas de recompra podem disparar a qualquer momento e, juntamente com uma ligeira postura hawkish, o mercado pode mostrar alguma cautela no curto prazo.
② **Anunciar compras de dívida**: as expectativas de liquidez melhoram, a confiança no mercado é reforçada e o impacto nos ativos de risco é positivo. No entanto, a intensidade será certamente muito inferior a um verdadeiro QE, por isso não criem expectativas demasiado elevadas.