No final de 2016, só me restavam cinquenta mil euros. Naquela altura, passava os dias colado ao ecrã da bolsa, numa semana fumei quase três maços de tabaco, mais ansioso do que quando esperava os resultados dos exames nacionais — este dinheiro era todo o património de que eu podia dispor. No fim, tomei coragem e apostei tudo, comprei 8 bitcoins a pouco mais de seis mil cada.
No ano seguinte, o mercado disparou de repente, o bitcoin valorizou dezassete vezes durante o ano, e quando o saldo da minha conta chegou aos oitenta mil, fiquei tão eufórico que nem consegui dormir durante vários dias seguidos. Ria sozinho para as velas no meio da noite e até comecei a fazer planos para me reformar em alguma cidade costeira — naquela altura, senti mesmo que a liberdade financeira estava ao alcance da mão.
Em 2018, o mercado arrefeceu, e o saldo evaporou-se em setenta por cento, ficando nos dezoito mil. Nessa madrugada, fiquei a olhar para o ecrã preto do computador, imóvel, como se me tivessem atirado um balde de água fria — os lucros flutuantes não contam para nada, só o que está no bolso é real. Foi a lição mais dura que o mercado me deu.
A partir de 2020, abandonei aquela estratégia de seguir as subidas e quedas, e comecei a estudar mineração de poder computacional e o ecossistema DeFi, mergulhei a fundo durante três anos. Agora, a minha conta mantém-se estável nos trezentos mil euros, e mesmo que os ativos principais desçam de cento e vinte mil para noventa mil, e as altcoins desvalorizem para metade, nunca perdi a compostura — porque as regras que resumi depois de oito anos a cair e levantar-me já me deram uma rede de proteção sólida.
Hoje quero falar de coisas práticas, são experiências compradas com suor e lágrimas, que podem ajudar-te a evitar muitas armadilhas:
Primeira regra: o capital é mais importante do que qualquer outra coisa; enquanto tiveres dinheiro na mão, as oportunidades nunca acabam.
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bridgeOops
· 11h atrás
Este tipo em 2018 levou mesmo uma lição da sociedade, os lucros não realizados realmente não contam como dinheiro, está certíssimo.
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BlockBargainHunter
· 12-08 20:51
Eh pá, apostar tudo em oito moedas com cinquenta mil foi mesmo puxado, também passei por isso...
Ter lucros em papel é bonito, mas em 2018 a queda foi tão grande que até me apeteceu partir o computador, ahah
Também ando metido nisso do DeFi, mas não sei, parece que ele escreveu esses três milhões com demasiada facilidade...
Aquele momento em 2018 em que perdi completamente a compostura, lembro-me como se fosse hoje, doeu mais do que um desgosto amoroso
A mineração é de facto mais fiável do que seguir ordens de compra, mas poucos conseguem aguentar o bear market até ao fim; tenho de admitir que este gajo tem mesmo uma mentalidade de ferro
Manter o capital vivo é mesmo a melhor maneira de pensar, mas a maioria das pessoas já não aguenta há muito; como é que alguém consegue resistir oito anos?
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blocksnark
· 12-08 20:49
A mentalidade de "all-in" nessa altura realmente não aguenta, mas depois aprendi a cortar perdas e aí é que se ganha dinheiro de verdade.
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PoetryOnChain
· 12-08 20:37
Este tipo diz mesmo a verdade, aquela vaga de 2018 foi mesmo dura, ver os ganhos não realizados evaporarem dá uma sensação... ainda pior do que perder dinheiro.
No final de 2016, só me restavam cinquenta mil euros. Naquela altura, passava os dias colado ao ecrã da bolsa, numa semana fumei quase três maços de tabaco, mais ansioso do que quando esperava os resultados dos exames nacionais — este dinheiro era todo o património de que eu podia dispor. No fim, tomei coragem e apostei tudo, comprei 8 bitcoins a pouco mais de seis mil cada.
No ano seguinte, o mercado disparou de repente, o bitcoin valorizou dezassete vezes durante o ano, e quando o saldo da minha conta chegou aos oitenta mil, fiquei tão eufórico que nem consegui dormir durante vários dias seguidos. Ria sozinho para as velas no meio da noite e até comecei a fazer planos para me reformar em alguma cidade costeira — naquela altura, senti mesmo que a liberdade financeira estava ao alcance da mão.
Em 2018, o mercado arrefeceu, e o saldo evaporou-se em setenta por cento, ficando nos dezoito mil. Nessa madrugada, fiquei a olhar para o ecrã preto do computador, imóvel, como se me tivessem atirado um balde de água fria — os lucros flutuantes não contam para nada, só o que está no bolso é real. Foi a lição mais dura que o mercado me deu.
A partir de 2020, abandonei aquela estratégia de seguir as subidas e quedas, e comecei a estudar mineração de poder computacional e o ecossistema DeFi, mergulhei a fundo durante três anos. Agora, a minha conta mantém-se estável nos trezentos mil euros, e mesmo que os ativos principais desçam de cento e vinte mil para noventa mil, e as altcoins desvalorizem para metade, nunca perdi a compostura — porque as regras que resumi depois de oito anos a cair e levantar-me já me deram uma rede de proteção sólida.
Hoje quero falar de coisas práticas, são experiências compradas com suor e lágrimas, que podem ajudar-te a evitar muitas armadilhas:
Primeira regra: o capital é mais importante do que qualquer outra coisa; enquanto tiveres dinheiro na mão, as oportunidades nunca acabam.
Sempre acreditei em "sobreviver"