Resumo do mercado desta semana: suspense do relatório de emprego não agrícola combinado com variáveis políticas, múltiplos ativos sob pressão e em oscilação

O índice do dólar americano apresentou uma trajetória de “subida e recuo” nesta semana: na primeira metade da semana, continuou a tendência de alta da semana anterior, rompendo com força a marca dos 100 pontos e atingindo o nível mais alto em três meses, mas na quinta-feira voltou a perder a marca de cem pontos, encerrando na sexta-feira a 99,54, com a primeira queda semanal em três semanas. A lógica por trás disso reside na confusão nos sinais de emprego do setor privado, somada ao fato de vários dirigentes do Federal Reserve emitirem sinais de “cautela na redução das taxas de juros”, levando o mercado a reavaliar as expectativas quanto ao caminho da política monetária.

O mercado de metais preciosos manteve uma forte oscilação: o ouro, durante o período de força do dólar, chegou a ser pressionado e caiu abaixo de 3930 dólares por onça, atingindo o menor nível em quase um mês; posteriormente, com investidores reavaliando as perspectivas de corte de juros e evitando riscos de volatilidade nas ações americanas, o preço do ouro reagiu na quarta-feira, mas permaneceu em uma tendência de fraqueza. A prata acompanhou essa movimentação, com a faixa de oscilações se ampliando ainda mais, os preços oscilando repetidamente entre 47 e 49 dólares. No final, o ouro à vista fechou a 4001,39 dólares por onça, uma queda de 0,05%; a prata à vista fechou a 48,35 dólares por onça, uma queda de 0,68%.

A tendência de baixa do mercado de petróleo bruto permanece inalterada: embora a notícia de que a OPEP+ planeja pausar o aumento da produção em 2026 tenha oferecido suporte temporário, o foco principal do mercado permanece na fraqueza da atividade fabril na Ásia e na pressão de aumento dos estoques globais. Os preços internacionais do petróleo caíram em quatro dias consecutivos de negociação, marcando a segunda semana consecutiva de queda.

As ações americanas enfrentaram duas quedas expressivas nesta semana, ambas influenciadas por vendas concentradas em ações de tecnologia: os principais fatores incluem preocupações dos investidores com a alta avaliação das ações de tecnologia e a bolha de IA, além de notícias de que Michael Burry, conhecido por suas apostas contrárias, estaria vendendo a descoberto ações da Nvidia e Palantir, além do aumento das preocupações com o agravamento do mercado de trabalho. É importante destacar que Trump manifestou otimismo, afirmando que as ações americanas atingirão novas máximas e que o crescimento do PIB no terceiro trimestre pode chegar a 4,2% ou mais. No âmbito semanal, o Dow caiu 1,21%, o S&P 500 recuou 1,63%, e o Nasdaq ampliou a queda para 3,04%.

O mercado de criptoativos sofreu uma queda coletiva repentina: o Bitcoin caiu abaixo da marca de 100 mil dólares, enquanto o Ethereum, a segunda maior capitalização de mercado, também recuou para abaixo de 3100 dólares. No início da semana, o protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) da Ethereum, Balancer, foi alvo de um ataque de hackers, com perdas potenciais superiores a 100 milhões de dólares. Este evento aumentou ainda mais o pânico no mercado. Até o momento, o Bitcoin acumula uma queda de mais de 6% nesta semana.