Ainda se lembra daquela lavagem de sangue na bolha da internet que varreu o mundo há vinte anos? De 2000 a 2002, o mito das ações de tecnologia desmoronou completamente — o NASDAQ foi cortado pela metade e cortado novamente, caindo 76%; o tradicional Dow Jones também não resistiu, evaporando mais de 30%; na Europa, foi ainda pior, com os principais mercados acionistas caindo entre 46% e 60%.

Naquela época, o dólar também perdeu apelo, com a pressão de desvalorização, o ouro acabou subindo 14,8%. O capital internacional ficou assustado e retraído, com fluxos transfronteiriços encolhendo diretamente 27%. A Argentina, na América do Sul, não aguentou a pressão e seu sistema financeiro entrou em colapso. O Federal Reserve não teve escolha, cortou as taxas de juros para 1,25% e lançou a Lei Sarbanes-Oxley para apertar a regulamentação, tentando salvar a confiança do mercado.

Olhando para trás essa história, e comparando com o contexto da origem do Bitcoin, você vai perceber que o significado de ativos descentralizados talvez esteja escondido nessas lições de crise.