Ao observar a hash rate total da rede Bitcoin atingindo pela primeira vez em agosto de 2025 o recorde histórico de 1 Zetta-hash por segundo (ZH/s), e já estabilizada em torno de 1.1 ZH/s em dezembro, isso significa que o poder de mineração global atingiu a escala de 110 quintilhões de hashes por segundo. A questão é — com a hash rate atingindo níveis recordes, os mineradores estão tendo dias ainda mais difíceis.

Qual é o preço de uma máquina de mineração da Bitmain agora? A resposta é um "desconto" de apenas 3 dólares por terahash. A razão por trás disso é bastante direta: o principal indicador de rentabilidade da mineração, o "preço de hash", caiu para apenas 35 a 38 dólares por PH/s por dia, quebrando de longe a linha de equilíbrio de 40 dólares reconhecida pela indústria.

Esse é o aspecto mais irônico do setor de mineração de Bitcoin no final de 2025. De um lado, o período de maior competição — a hash rate da rede atingindo recordes históricos, indicando que há cada vez mais concorrentes, e mais fortes. Do outro, o período de menor rentabilidade — o preço de hash dos mineradores em dezembro permanecendo entre 38 e 39,4 dólares, com espaço de sobrevivência sendo progressivamente comprimido.

Ainda mais doloroso é que o preço do Bitcoin se mantém em torno de 90 mil dólares, sem uma grande alta que traga surpresa aos mineradores, nem uma grande queda que desencadeie uma limpeza no mercado. A atitude de "estagnação" do preço da moeda, ao invés de indicar estabilidade, destaca a dura realidade da queda na rentabilidade da mineração. Os mineradores estão enfrentando uma pressão dupla de competição de hash e de lucros, e essa crise de "alto poder de hashing, baixa rentabilidade" está testando a resistência de todo o setor.