Apesar do entusiasmo gerado pelo Web3 e pelo Metaverso, é essencial avaliar realisticamente os riscos, desafios e limitações envolvidos. Estas tecnologias estão numa fase inicial e o mercado está rodeado de expectativas elevadas. Neste módulo, analisamos os principais pontos que deve ter em conta antes de entrar neste universo. Uma abordagem informada ajudá-lo-á a explorar o Web3 e os mundos virtuais com equilíbrio entre entusiasmo e cautela.
Barreiras Técnicas e Experiência do Utilizador: Atualmente, uma das maiores limitações é que a utilização de plataformas Web3 e do metaverso pode ser tecnicamente desafiante, sobretudo para quem está a começar. Configurar uma carteira cripto, guardar com segurança as frases secretas e aprender a operar exchanges descentralizadas ou marketplaces de NFT são passos intimidantes para quem não domina tecnologia. As interfaces de muitos dApps estão a evoluir, mas continuam, por vezes, pouco intuitivas em comparação com aplicações convencionais. Adicionalmente, experiências no metaverso (em particular as que envolvem gráficos 3D) podem exigir computadores com desempenho razoável ou até um headset VR para usufruir plenamente. Nem todos têm esses meios. Problemas como conexões lentas ou dispositivos limitados prejudicam a experiência virtual. Em suma, existe uma curva de aprendizagem significativa. A indústria está a desenvolver soluções mais acessíveis (por exemplo, algumas carteiras permitem iniciar sessão com Gmail e certas plataformas de metaverso já aceitam visitantes sem conhecimento prévio de cripto), mas persiste uma distância até que Web3/metaverso seja totalmente fluido para o público geral.
Fraudes, Ataques e Riscos de Segurança: Onde existe dinheiro ou valor em cripto, surgem inevitavelmente burlas. Plataformas Web3 e NFT têm registado diversos esquemas, como ataques de phishing (sites ou links falsos que levam o utilizador a revelar as chaves da carteira), rug pulls (abandonos súbitos de projetos por parte dos criadores após arrecadação de fundos) e ativos falsificados (venda de versões “falsas” de NFTs populares a utilizadores incautos). Em jogos de metaverso ou transações de terrenos virtuais, é fundamental desconfiar de ofertas demasiado vantajosas ou canais não oficiais que podem lesar o comprador. Os próprios smart contracts podem conter vulnerabilidades – já houve casos em que o código de um dApp DeFi ou jogo foi explorado por hackers, resultando em perdas para os utilizadores. Ao contrário dos sistemas tradicionais, Web3 raramente oferece suporte ao cliente; se a sua carteira for comprometida ou transferir fundos para um endereço errado, geralmente não existe reversão. Por isso, os novos utilizadores enfrentam riscos reais de perder ativos se não forem extremamente cuidadosos. A segurança em Web3 evolui (por exemplo, apps como MetaMask já incluem avisos automáticos), mas cabe ao utilizador manter-se vigilante. No próximo módulo, iremos aprofundar as recomendações de segurança, mas é essencial perceber que a descentralização de Web3 é uma arma de dois gumes: dá-lhe mais controlo, mas exige maior responsabilidade na gestão dos seus ativos.
Especulação e Volatilidade: O entusiasmo à volta de Web3 e do Metaverso provocou uma forte especulação. Os preços dos ativos digitais – seja terrenos virtuais, criptomoedas ou obras NFT – oscilam de forma extrema. Já se registaram vendas de terrenos virtuais por milhões, seguidas de quedas de procura que tornam esses ativos difíceis de revender pelo mesmo valor. Muitos tokens de jogos Web3 valorizaram rapidamente em fases de hype e depois desvalorizaram. Esta volatilidade exige cautela ao encarar estes ativos como “investimentos” com retorno garantido. Existe uma mentalidade de corrida ao ouro que pode ser arriscada; muitos gastaram dinheiro em tokens ou terrenos à espera de ganhos rápidos e acabaram com ativos desvalorizados. A especulação pode também obscurecer o valor real de uso. O mundo virtual pode ter terrenos vendidos por grandes valores e, ao entrar, estar praticamente vazio (já aconteceu – muitos investidores, poucos utilizadores). No metaverso, há frequentemente um desfasamento entre a visão e a realidade: vídeos promocionais ambiciosos versus envolvimento ainda limitado dos utilizadores. Como estreante, não se deixe contagiar pelo FOMO (medo de ficar de fora). O facto de algo ser tendência não significa que tenha valor ou seja sustentável a longo prazo. É legítimo participar e explorar, mas faça-o pela experiência e pelo conhecimento – não esperando que todos os ativos digitais lhe tragam riqueza.
Incertezas Regulatórias e de Segurança: Dado que Web3 e o Metaverso esbatem as fronteiras entre economia física e digital, os reguladores ainda estão a definir a aplicação da legislação. Existem riscos legais associados à posse de ativos digitais, impostos sobre transações virtuais ou, por exemplo, à existência de casinos virtuais acessíveis mundialmente (qual a jurisdição aplicável?). Os governos têm vindo a intervir – por exemplo, NFTs e tokens podem estar sujeitos a regras sobre valores mobiliários ou outras normas, consoante o país. Para além das questões legais, há preocupações sociais: segurança e moderação nos mundos virtuais são desafios relevantes. Num metaverso descentralizado, quem modera comportamentos ou conteúdos nocivos? Casos de assédio ou conteúdos impróprios em plataformas VR/virtuais já suscitaram dúvidas sobre a proteção dos utilizadores, sobretudo dos mais jovens, nestes novos ambientes. Estes desafios não inviabilizam o setor, mas são questões centrais que a comunidade e as empresas devem resolver para garantir um metaverso saudável.
Adoção Incerta e Expectativas Exageradas: É importante reconhecer que Web3 e o Metaverso, apesar do potencial, ainda não são generalizados como os smartphones ou a web convencional. É possível que certos aspetos destas tecnologias não evoluam como previsto. Pode acontecer que as pessoas decidam que não querem migrar tudo para VR, ou que plataformas centralizadas consigam proporcionar experiências similares de forma mais conveniente (sem a componente de descentralização). Há muito investimento e talento no desenvolvimento de Web3/metaverso, pelo que se espera progresso – mas o calendário e o formato futuro permanecem incertos. Alguns projetos iniciais vão falhar. A adoção pode ser mais lenta do que as previsões indicam. Por exemplo, um relatório pode prever “25 % das pessoas vão passar uma hora por dia no metaverso até 2026”, mas e se demorar mais tempo? É fundamental manter expectativas realistas. Isto não significa que as ideias vão desaparecer; apenas que o ciclo de hype pode ultrapassar a realidade no curto prazo. Ao ter consciência disto, avalia melhor os projetos e evita desilusões se a maturação demorar.
Em resumo, entrar no universo Web3 e Metaverso é como explorar uma nova fronteira – entusiasmante e potencialmente recompensador, mas imprevisível e algo selvagem. Como utilizador, aborde este universo tal como fez com a internet nos seus primórdios: explore com curiosidade, mas mantenha-se atento e informado. O lado positivo é que, ao conhecer os riscos (como acabou de fazer), está já muito melhor preparado do que muitos outros que entram sem preparação. No próximo módulo, iremos aprofundar o tema com conselhos práticos sobre como começar em segurança, para que possa beneficiar das vantagens de Web3 e do Metaverso minimizando os riscos.
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